Imaginemos uma ideia, que podemos chamar de composicional. Ela ainda não é exatamente aquilo que chamamos de comumente de “música”, nem sabemos se chegará a ser. Sabemos, sim, que neste preciso momento está começando uma composição. Digamos, uma mancha de piano. Várias. Como borrões que se espalham no tempo e no espaço registral do instrumento, sempre distintas em suas cores [harmonia?], em seu tamanho. São ataques que se esvaem, através do abafamento ordenado das cordas, e sua diversidade também deve passar pela sua densidade e tessitura: serão acordes mais gordos ou mais espalhados, dentro da possibilidade idiomática do instrumento. E também mais ou menos intensos, que se espalham com maior ou menor velocidade. Vamos à pauta…