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Entrevista com o maestro Graham Griffiths
realizada em 2000
Abaixo você encontra um breve currículo do trabalho de Graham Griffiths e em seguida a entrevistarealizada com o artista em janeiro de 2000.
O site da Piano Class, em nome de todos os membros de sua comunidade, agradece ao Maestro Graham Griffiths pela sua disposição e tempo empregados para nos oferecer esta entrevista.
Este é mais um dos serviços que o site da Piano Class, com a valiosa contribuição da Produtora Marina Villara, vem oferecendo aos membros da Comunidade Piano Class e visitantes do site de modo geral.
Regente, musicólogo, compositor e pianista
Nasceu na Inglaterra e radicou-
É formado em Musicologia pelas Universidades de Edimburgo e Cambridge. Estudou com renomados especialistas na música dos séculos XVII e XVIII como Peter Williams e Michael Tilmouth. Estudou composição com Kenneth Leighton e Edward Harper.
Foi Regente Titular da Glasgow Chamber Orchestra e Conselheiro de diversas entidades culturais das quais destacamos: Royal Scottish National Orchestra, Glasgow International New Music Festival e Scottish Television. É membro, desde 1978, da ISCM –
Já no Brasil, Graham Griffiths foi Vice Presidente da Sociedade Brasileira de Musicologia (93/95) e membro titular da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (95/96).
Fundou os seguintes grupos com os quais vem atuando intensamente:
Volume 4 da antologia Brasil! New Music! –
Graham Griffiths desenvolve intensa atividade como divulgador da música brasileira contemporânea e colonial tendo, nos últimos anos, apresentado cerca de 300 concertos em 14 Estados brasileiros e em turnês pela Europa. Em 95, levou para a Escandinávia o Grupo Novo Horizonte de São Paulo. O último concerto da turnê foi gravado, ao vivo, nos estúdios da Rádio da Dinamarca e tornou-
Em 93, foi premiado pelo CD Brasil! New Music!, do Grupo Novo Horizonte de São Paulo, pela APCA –
Atuou como regente convidado das seguintes formações:
CD gravado em 1998, pelo selo Paulus, no qual a Camerata Novo Horizonte de São Paulo é regida pelo Maestro Graham Griffiths e interpreta obras do Pde José Maurício Nunes Garcia (1767-
CD nomeado para o prêmio Sharp de 1999.
Regeu a Orquestra Curitiba Pops, fundada pelo Banco Itaú. Essa formação tinha o jovem como público alvo e seu repertório era composto especialmente por grandes trilhas escritas para o cinema. Participou por vários anos do Festival Internacional de Música Antiga de Curitiba como diretor do curso ” A Interpretação da Música Colonial Latino-
Regeu a Camerata Novo Horizonte na ocasião em que a orquestra foi honrada com o convite para participar das comemorações oficiais do Centenário da Academia Brasileira de Letras, em 97, no Rio de Janeiro.
Atualmente, além de suas atividades como regente e concertista, é Diretor de Música da Fundação Anglo Brasileira de Educação e Cultura, St.Paul’s School, em São Paulo. É articulista da Revista Concerto para a qual escreve, mensalmente, a coluna “Como ouvir música criativamente”.
ENTREVISTA
Marcílio Fagner Onofre
Senhor Maestro Graham Griffiths, gostaria de fazer uma pergunta: Um maestro rege orquestras, mas o quê rege um maestro? Será que apenas cursos são suficientes para formar um Maestro?
Graham Griffiths
Prezado Marcílio
Muito obrigado pela participação nesta entrevista. É uma boa pergunta! Claro, cursos não são suficientes para formar um maestro, como não são suficientes para formar qualquer um em qualquer atividade humana! Lembremos que alguns dos grandes nomes da música não fizeram curso nenhum para se tornar, pelos seus próprios esforços e imenso talento, os maiores nomes da cultura das suas pátrias: Schubert (Áustria), Elgar (Inglaterra), Padre José Maurício (Brasil). No caso de regência, acredito que estamos falando de uma das habilidades musicais mais complexas que existem, embora, paradoxalmente, dependa menos dos “benefícios” de um curso. Isso deve-
Há várias perguntas em seguida que tratam de assuntos relacionados. Peço que você leia todas para ter uma noção mais ampla da minha filosofia nesse assunto.
Abraços,
Miguel Torres
Caro Maestro. Sou estudante do curso de regência da Universidade Federal do Rio de Janeiro e gostaria de saber do senhor:
1) apesar de ser um curso e de ter um currículo muito bom, acho que faltam matérias praticas. Só começamos a lidar com orquestra no 4º ano. Como fazer para não desanimar nestes 3 primeiros anos?
2) O senhor não acha que seria fundamental existir um convênio entre as escolas de música e as orquestras para que os alunos pudessem assistir ensaios, e até mesmo estagiar nas orquestras, pois estágio não existe neste curso?
3) No exterior onde estão as melhores escolas? Nos Estados Unidos ou na Europa? É muito difícil estudar no exterior? Um abraço, Miguel
Graham Griffiths
Caro Miguel,
Desejo boa sorte e muito sucesso para você no seu último ano do curso de regência! Você é mesmo privilegiado em se formar naquela instituição onde trabalhavam muitos dos maiores nomes da música brasileira! Vou tratar das suas perguntas em seqüência. Não deixe também de ler as outras respostas nesta entrevista:
1) Porque você imagina que a sua universidade deve providenciar aos seus alunos de regência uma orquestra para eles treinarem? Você jamais tocou numa orquestra sob a regência de alguém que não sabe reger ainda? Eu sim, porém, graças a Deus, poucas vezes! É uma situação que, na minha opinião, nunca deveria acontecer. E por isso considero que a melhor formação para um regente é de se tornar primeiro um concertista num instrumento (não importa qual), ganhando experiência na arte da interpretação e se tornando respeitado por isso. O regente tem que ser respeitado pelo artista que ele é. O fato de ficar em pé lá em frente não dá direito a ser respeitado por ninguém. Sendo aluno da UFRJ, você está num ambiente ideal para chamar colegas para cantar ou tocar qualquer música (sob a sua direção, claro) assim que você conseguir convencê-
2) Miguel, me desculpa a repetição, mas: Porque você imagina que a UFRJ tem o dever de fazer tudo para você?! Quem é o regente no Rio que você mais admira? Entre em contato com ele/ela já e peça permissão para assistir tal ensaio ou ensaios, levando com você as partituras e seguindo o processo de aprendizagem de perto. Será que vai ser recusado? Duvido. O fato de você já ter pensado nisso é um bom sinal. Os seus colegas de curso podem ficar na lanchonete reclamando da falta de oportunidade, falta de orquestra para treinar etc. até alguém perguntar: cadê o Miguel hoje? Pois eu sei. Ele está no Theatro Municipal assistindo o último ensaio da Quarta de Brahms com Kurt Masur etc. Vai em frente.
3) Há grandes conservatórios tanto nos EUA quanto na Europa. Mas, não pense em ir para lá com o intuito de ter um curso melhor. O meu conselho é de direcionar toda sua energia e interesse em regência na criação de grupos e concertos e contatos e experiências agora, aqui no Brasil. O importante é lutar pelo seu espaço. Faça a sua escolha de uma música que quer muito ouvir e mostrar, escreva as partes novas à mão, bonitas e legíveis, convide os seus músicos pessoalmente, ensaie individualmente com cada um, ajude e aprenda, marque o esquema de ensaios, reserve as salas, prepare o palco com cadeiras e estantes prontas , providencie o lanche no caso de precisar. Após o ensaio, feche as estantes, peça a um amigo(a) artista o design de um pôster “em estilo apropriado”. Trate de com energia divulgar bem o concerto, afixando os cartazes na paredes um por um, pessoalmente. Leia tudo a respeito do compositor, do texto, se tiver, e do contexto da primeira apresentação da obra. Apaixone-
–
Miguel Torres
Caro Maestro: Eu já lhe enviei minhas perguntas mas ficou faltando uma: Qual o conselho que o senhor dá para estudantes de regência e regentes recém-
Graham Griffiths
Caro Miguel,
Espero que você já saiba a minha resposta! (Ver acima). Fique em contato. Aguardo o seu convite com muita expectativa.
Tenha confiança e acredite em si mesmo.
Abraços,
Deise Previato
Maestro:
Embora aficionada por música, na acepção mais ampla, tenho muita dificuldade em aceitar (melhor dizendo, meus ouvidos), a música contemporânea de um modo geral. O maestro acredita que isso deve-
Graham Griffiths
Cara Deise,
Muito obrigado pela sua pergunta. Não diria nunca que um maior “conhecimento” da música nova é a chave para a sua melhor apreciação, mas sim uma maior convivência com a música nova, isso sim! Tenho dado vários cursos sob o tema Como Ouvir a Música Contemporânea (ou algo assim). Claro, é possível adquirir uma apreciação maior através de um curso onde o ouvinte é exposto a muitas gravações e explicações. Porém, não tenho a maior dúvida que o caminho melhor é de assistir muitos concertos de música nova ao vivo, se envolvendo com os intérpretes e compositores, conversando com eles no intervalo e após o concerto, assistindo os ensaios e, de modo geral, entrando no mundo da música nova. No caso de uma estréia mundial, é mesmo emocionante para os que estão no palco participar no “nascimento” de uma criação musical, particularmente de um compositor brasileiro. Após muitos anos de ver o processo de todos os ângulos (como compositor, intérprete e palestrante), posso afirmar que a porta de entrada para o ouvinte não é puramente pela música em si. Deise, você jamais tentou ouvir uma ópera pela rádio? Mesmo o aficionado pela ópera desiste logo! Você tem que estar lá! É a mesma experiência com a música contemporânea. Tem que estar lá. É fascinante ver o palco lotado de instrumentos de percussão (muitas vezes de culturas distantes: China, Japão ou Tailândia) e de perceber os instrumentos curiosos (clarone, flauta baixo etc.) que formam o mundo sonoro da música “clássica” de hoje. Sobre a questão da dificuldade de “digerir”, isso não é um problema só da música moderna. Cheguei a conhecer muitas pessoas através do meus cursos que se apaixonaram pela experiência ao vivo da música contemporânea, porém ainda têm grandes “dificuldades” com, por exemplo, as sinfonias de Bruckner, as óperas de Wagner, até as Paixões de Bach. O meu conselho é esse: não fique presa pela sonoridade. Corra atrás de concertos e bata nas portas dos camarins!
Eliane Dutra
Temos visto o trabalho de algumas pessoas, formadores de opinião, ligadas a arte tal como bale, música, teatro, esporte, procurando interagir com a classe mais empobrecida da sociedade, buscando usar a arte como meio de integração de crianças e jovens com a cultura, lazer e com a própria sociedade. Tal trabalho é muito valioso, pois distancia esses jovens da criminalidade e drogas. Gostaria de saber o que o Maestro pensa a respeito e se já teve ou tem algum projeto semelhante?
Graham Griffiths
Cara Eliane,
Obrigado pela sua pergunta, que mostra uma consciência muito sensível em relação à música e como ela tem poderes para ajudar a humanidade para o bem. Já participei em vários projetos do tipo que você menciona e sempre tem sido uma experiência maravilhosa, incluindo vários projetos aqui no Brasil. Entre muitos na Escócia antes de vir para cá, lembro com um carinho especial o concerto na noite da Classical Aid para Etiópia quando a Glasgow Chamber Orchestra participou –
Com meus abraços,
Eliane Dutra
Certa vez ouvi de um amigo que em Viena as pessoas costumam perguntar aos amigos e até aos estrangeiros, de uma forma bastante direta –
Graham Griffiths
Cara Eliane,
A educação musical me interessa muito. Há muitos “métodos” e “escolas” de ensino musical, porém uma coisa é reconhecida mundialmente: a educação musical é fundamental não somente pela musicalidade da criança, mas também, ou sobretudo, pelo desenvolvimento da criança como um todo. É bem reconhecido que a habilidade musical ajuda a criança a apreender as matérias “acadêmicas”, além de estimular um senso de responsabilidade social. Eliane, esse é um assunto que exige muito espaço a ser explorado devidamente, não é? Por enquanto, e em resposta às suas perguntas, não vejo porque o Brasil não possa adquirir uma cultura mais iluminada em relação à música. O problema é que vivemos num mundo em mudança constante, devido principalmente ao progresso eletrônico dos meios de comunicação. A sociedade está tão fascinada com isso que acaba confundindo quantidade com qualidade. Porém o que adianta ter Internet, e-
Vamos rezar por um milagre.
Lamento não poder ser mais otimista. Se houvesse mais pessoas como você, Eliane!
Bruno Basseto
Como o senhor vê a situação da música de concerto no Brasil? O que mais o atraiu na música brasileira para que fizesse a opção de trabalhar em nosso País?
Como o senhor imagina que será a música no século XXI, em particular a música brasileira?
De certa forma, a música do século XX tornou-
Graham Griffiths
Caro Bruno,
A situação da música de concerto no Brasil é mesmo muito precária, não obstante as leis de incentivo etc. O fato é que o governo central não se dispõe a valorizar a música e espera que tudo seja salvo através do patrocínio. Infelizmente, com poucas e notáveis exceções, o patrocinador enxerga patrocínio à cultura como uma forma de marketing, que é medido em termos de números e sempre em torno de tempo imediato. Estes conceitos favorecem a música popular (com suas platéias gigantescas ) e os eventos altamente “televisionáveis” (shows ao vivo de Copacabana etc.). Não foi “a situação da música de concerto no Brasil” que me atraiu ao Brasil, em 1986, e que me amarra aqui desde então. Desde que lembro ter conhecimento da música de Villa-
Em resposta à sua pergunta sobre a Música Nova, por favor leia as respostas acima que tratam desta questão. O fato que o público de hoje não “acompanha” a direção que a música está tomando não me assusta, porque de modo geral foi sempre assim. Mozart foi enterrado como indigente devido a total falta de comunicação entre a música mais avançada dele, que era de longe “complicada demais” para o público vienense da época. Temos que dar mais conta pela realidade de que ele se recusou de amenizar a sua música e pagou o último preço por isso. Não vejo muita diferença entre este comportamento e o dos muitos Santos cristãos que foram sacrificados por não desistir das suas crenças. Historicamente o compositor brasileiro não está muito longe disso. (Pode incluir os maestros e todos os músicos também, viu!).
A situação só vai mudar no século XXI se voltarmos às idéias dos Gregos de exigir que nossos dirigentes sejam ou astrônomos, matemáticos, filósofos ou músicos. Então, Caetano para Presidente! Você concorda? Obrigado pela participação.
Abraços,
Lya LLerena e Valéria de Mendonça
Como o maestro vê a tal popularização da música através dos ingressos acessíveis mas que de fato acabam chegando na mão dos cambistas ou nos convites/contatos influentes? Como por exemplo as temporadas líricas e a atual Sala São Paulo.
Não cabe ao músico a responsabilidade da situação, porém tentar mudar esta situação ou criar algum tipo de projeto/protesto para que pelo menos o público de baixa renda e interessado de fato tivesse um pouco mais de boa música e direito a formação musical. Sendo o brasileiro dito um povo amante nato da música clássica.
Graham Griffiths
Prezadas Lya LLerena e Valéria de Mendonça
Entendo a sua preocupação com esse assunto. Não me sinto capaz de oferecer uma solução aqui, a não ser a de sugerir um contato intenso com os jornais principais e a mídia em geral cobrando que eles dêem cobertura a esse problema. Porém, de modo geral, os programas de notícias na TV relatam os casos, embora raramente tomem o que eu chamo de “o segundo passo”. Ou seja, colocando um jornalista de plantão para perseguir a matéria até a sua conclusão. Na Europa, os jornais adoram levantar a bandeira da opinião do público em nome da Justiça. Eles acabam vendendo mais jornais e ganhando uma reputação de “Campeões do Povo”, não importando o assunto, nem mesmo se a custo da reputação dos outros jornais. Pode-
Boa sorte!
Érica Hindrikson
Para você, o que é necessário para se tornar um regente de orquestra? Que tipo de formação a pessoa deve buscar? Se uma pessoa não tiver um dos requisitos básicos para a regência, é válido ela buscar preencher essa lacuna mesmo depois de começar a atuar na área escolhida?
Um abraço!!! Érica
Graham Griffiths
Cara Érica,
Muito obrigado pelas boas perguntas. Me deixa falar primeiro que faz tempo estou seguindo a sua ascendência como regente e você está de parabéns! O fato que você tem estas dúvidas indica claramente que já tem algo mais importante que a “formação”. Tem humildade para sentir o que talvez ainda falta e a vontade de preencher essa lacuna antes de embarcar na próxima fase da sua carreira. Quantas vezes assistimos concertos dirigidos por regentes que não entendem o que estão regendo? Não em termos de ritmos e notas, mas em termos da linguagem e do “sentido”. Por isso, os melhores regentes vêm muitas vezes de uma outra disciplina musical, atuando durante muitos anos como violinista (Elgar) ou pianista de concerto (Solti/Levine) ou instrumentista orquestral (Masur) ou compositor (Mahler). A técnica é fundamental, claro, porém na fase de preparo procuro ler e ler e ler sobre música, sobretudo sobre o compositor e as circunstâncias da estréia da sua música. Procuro me apaixonar pela música que tenho em vista para interpretar pois, ao meu ver, ela tem que ser o algo mais importante na minha vida naquele momento de reger. Procuro sempre escolher um repertório que me deixa comovido e que acho que vai mexer muito com o público. Não me interessa interpretar música só pelo fato de trabalhar. Érica, você está regendo uma das melhores orquestras no Brasil e uma que é formada por muitos dos melhores músicos jovens em São Paulo. É uma oportunidade de ouro para aumentar cada vez mais o nível dessa orquestra e para você de expandir a sua capacidade em ser uma regente cada vez mais profunda e inspiradora. Finalmente, diria que nunca paramos de aprender durante a vida toda, não é? O fato de que você deseja tanto “preencher as lacunas” é um sinal que você reconhece a realidade do seu próprio desenvolvimento, e que este é um continuum. Não pára, nunca. Dizem que os pianistas só começam a entender a música pianística, com algo que aproxima certeza, após chegar aos sessenta anos! E os regentes? Pergunte ao Otto Klemperer!
Boa sorte, e com grandes abraços de sempre!
André e Arthur Mitchell
1-
Graham Griffiths
Caros amigos jovens!
1. Que prazer em receber essas perguntas de vocês, filhos de Paul (trompete principal da Orquestra Sinfônica Municipal do Theatro Municipal de São Paulo) e Mara (fotógrafa). Veja bem, André e Arthur: A Música de Câmara é o termo para descrever música tocada por um número pequeno de pessoas; um número que não precisa de uma Sala de Concertos. A sua sala em casa seria o lugar ideal. Os formatos mais comuns são Quarteto de Cordas (quatro pessoas) e Trio de Piano (que não é para três pianos, mas para violino, cello e piano). Quintetos tem cinco pessoas, Sextetos tem seis, Septetos tem sete, Octeto tem oito e Noneto tem nove. Fácil, não é, só que tome cuidado com o “Trio Sonata”. Deveria ser para três sendo um trio, porém é para quatro!
–
2. Na minha imaginação a Camerata já fez centenas de concertos. Infelizmente, na realidade, a Camerata não tem feito muitos considerando a reputação que o conjunto tem. A razão disso é simples. Se tiver trompetes no programa não confirmo qualquer convite sem ter certeza que o seu pai pode tocar naquela noite…
3. As minhas atividades como Diretor de Música da St Paul’s School incluem um grande elemento de administração, um pouco de ensino em sala de aula, muitos ensaios, e muitas reuniões. Há 25 professores de música no departamento. Uns 500 alunos recebem aulas de musicalização semanais e uns 200 destes também aprendem um instrumento através de uma aula particular semanal. Há três corais, uma pequena orquestra infanto-
Obrigado pelas perguntas excelentes, André e Arthur! Até mais!
Wendell Kettle
Gostaria que o Maestro falasse do seu trabalho com um quinteto de cordas que organizou e se apresentou em 1996 ou 1997 (não me lembro exatamente) no Festival Ritmo e Som do Instituto de Artes da UNESP. Gostaria ainda que ele falasse do repertório para essa formação: quinteto (piano, 2 violinos, viola e cello). Obrigado.
Graham Griffiths
Caro Wendell,
Obrigado pela carta, mas confesso que não sei do que está falando. O Trio Ives apresentou-
Hugo Fortes
Quais as tendências que tem surgido na música erudita contemporânea recente? Como fica o papel do Maestro diante da música eletrônica?
Graham Griffiths
Prezado Hugo Fortes,
Parabéns pela sua entrevista. Lamento não ter enviado uma pergunta para o seu divertimento! Em resposta à sua, há tantas tendências que o vocabulário musical está esgotado com “-
Sucesso e felicidade em 2000. Abraços,
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